04/07/2011 - Volta

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(21:42)


Tá tudo mais calmo, tá tudo mais claro, tá tudo mais simples, tá tudo mais fácil. Eu até me pergunto aonde estava a dificuldade em respirar, em pensar, em dizer. E respiro. E penso. E digo.
Tá tudo bem mais limpo.
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Eu odeio nossa distância
(e espero, ternamente, que eu mesma não esteja nos atrapalhando).

03/07/2011 - Desculpas.

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(00:17)

Me desculpe.
Me desculpe te decepcionar.
Mas, apartir do momento que digo isso, não sei se peço desculpas a você, ou a mim mesma.
Me desculpe por ser babaca.
Pela minha grosseiria.
Pela minha falta de jeito.
Pela minha paciência.
Pelo meu jeito pouco sutil de dizer "eu definho aqui dentro querendo saber o que você pensa de mim"
Pela minha intolerância.
Pela minha infantilidade.
Pelo meu medo surreal das coisas.
Pelos meus sonhos sem nenhuma base.
Pela minha vontade de ser melhor - e fracassar.
(uma pausa pela surpresa em descobrir que tenho tanto a me desculpar)
Pelas lágrimas espontâneas.
Por não saber interpretar o fácil.
Por não conseguir fingir.
E principalmente
acima de tudo
Por todas as vezes que vi uma centelha da sua despedida
por culpa apenas minha.
Me desculpe por pedir tantas desculpas sem nenhum resultado.
É que é aqui que eu me encaro, como um espelho branco e letrado, onde meu coração se estampa e aflora, conecta.

Mas por favor
sem silêncios, sem pensamentos.
Eu odeio seus pensamentos silênciosos.

02/07/2011 - Um punhado de lamentação.

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(23:55)

Estou dando importância demais a coisas minúscula.
Estou gritando a plenos pulmões - mas apenas em pensamento.
Estou definhando com medos futuros.
Estou olhando e olhando e olhando e não querendo estar ali.

x

Eu espero que esteja tudo bem.
Eu espero que peguem minha mão e que haja calor.
Eu espero que tudo passe.
Eu espero que ninguém saia ferido.
Eu espero que eu não saia ferida.

x

Eu sento.
Eu olho.
Eu dôo.
Eu encaro.
Me desfaço.
Em pedaços que não sei onde começam
nem onde terminam
e nem da onde se partiu.
Eu encolho-me.
Eu afogo-me
na esperança nula
de não ter retalhado oportunidades
de sorrir a plenos pulmões.

x

Eu espero.
Eu espero.
Eu te espero.
Eu me espero.
Espero.

2011

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Todo final de ano é a mesma coisa: familiares, comida, roupas novas, cidade cheia e minha retrospectiva sobre o ano que já é passado. Esse ano fugi da rotina. Fiquei a um raio de 3 estados de minha cidade e não comemorei as festas do final de ano. Passei um pouquinho de frio e curti a boa energia, tão diferente que até minha retrospectiva foi feita em meu caderno-de-inspirações, em um quarto de hotel, faltando 20min para a virada do ano. Mas, como só comecei a realmente funcionar agora, em minha última semana de férias, resolvi fazer meus votos de total confiança para esse ano presente.
Eu espero que eu sinta muitas coisas. Raiva, alegria, tristeza, amor, paixão, agonia, irritação, calmaria. Quero não ter descanço algum. Fazer a banda crescer cada dia mais. Levar a escola como sempre levo. Descobrir cada dia alguma coisa nova, um sentimento novo, uma realidade nova. Quero mais confiança. Respirar. Expirar. Respirar de novo. Pensar mais claramente. Viver com mais calma. Viver com nenhuma calma. Não perder tempo (só quando preciso). Quero os extremos, 8 ou 80, porque só funciono assim. Quero poder dizer que esse está sendo o melhor ano de todos, e, no minuto seguinte, dizer que está sendo o pior, porque nunca vou estar realmente falando sério.
Eu sempre espero essas coisas. 2010 tinha absolutamente tudo para dar errado, mas terminou lindo. Não vai ser diferente com 2011.

Quero fim de ano, pés descalços na areia, a brisa do mar, fim de tarde tranquilo, música boa, sem relógio, despertador ou qualquer coisa que me mostre o tempo passando.Quero sair de noite olhar pro céu e ver estrelas, ter tempo pra ver como a lua é bela, observar pessoas, rir, chorar, pensar, viver, cantar, sentir. Preciso de um tempo, preciso me reencontrar em novos caminhos e preciso disso agora.”

- Caio Fernando Abreu.

I'm ready for you, 2011. I'm ready.